quarta-feira, 2 de outubro de 2013

Outubro É o Mês de Prevenção ao Câncer de Mama

Quatro de cada dez mulheres diagnosticadas com câncer de mama no Brasil vão morrer da doença. Esse é um dos índices mais altos do mundo, o dobro do registrado na Europa. Um dos principais motivos é a descoberta tardia da doença e a dificuldade do acesso a novas terapias de tratamento. 

Para alertar a população para a importância da prevenção desse tumor, que é o câncer mais comum em mulheres em todo o mundo, o Congresso Nacional se junta a monumentos em todo o mundo no Outubro Rosa e se ilumina de rosa durante todo este mês. Em Brasília, diversos prédios públicos, como a Catedral, o Ministério da Saúde e o Palácio do Planalto estão iluminados com a cor rosa. 

A deputada Janete Capiberibe (PSB/AP) incentiva o autoexame e a procura das unidades de saúde para avaliações preventivas. “A chance de cura é muito maior quando diagnosticado cedo”, afirma. Todas as mulheres entre 40 e 49 anos devem fazer anualmente o exame clínico das mamas. Entre os 50 e os 69 anos é recomendado fazer a mamografia, a cada dois anos. As mulheres com histórico familiar de câncer na mama – as que têm mãe ou irmã com câncer de mama antes dos 50 anos; história familiar de câncer de mama bilateral, câncer de ovário ou câncer de mama masculino - devem iniciar o acompanhamento aos 35 anos, fazendo o exame uma vez por ano. Ela lembra que o Governo do Amapá está instalando um novo mamógrafo para atendimento gratuito às mulheres.
Deputada Janete incentiva que mulheres e homens façam o exame

Avanços – O vice-presidente da Federação Brasileira de Instituições Filantrópicas de Apoio à Saúde da Mama, Luís Airton Santos, afirmou que o Outubro Rosa já conseguiu grandes avanços, seja na conscientização da população, seja nas políticas públicas de tratamento, com a disponibilização pelo Sistema Único de Saúde (SUS) de novos tratamentos e remédios. Ele afirmou que o Congresso também tem contribuído com mudanças na lei.

"A lei de 60 dias [12732/12] é talvez a mais importante no momento. Inicia-se uma outra que é identificar por meio de programas de estudo de genética as mulheres com mais predisposição à doença. Isso facilitaria um destino melhor de ações com relação a esses grupos, que significam 15% das mulheres com câncer de mama."

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, afirmou que a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que cria o médico de carreira (34/11), que tramita no Senado, é fundamental para consolidar o programa Mais Médicos. Ele afirmou que é importante contar com médicos de carreira, que trabalhem 40 horas no SUS e não tenham clínica particular. Padilha explicou que a MP não criou essa carreira porque haveria um erro de iniciativa porque ela só poderia ser criada por meio de PEC.

Exame gratuito - O Ministério da Saúde registra anualmente cerca de 52 mil novos casos de câncer de mama. Toda mulher tem garantido por lei o direito a fazer o exame de mamografia gratuitamente pelo SUS. Mas ainda é pequeno o número de brasileiras que fazem consultas preventivas anualmente. Entre as que vão ao médico, calcula-se que 29% não fazem o exame mesmo depois que ele é pedido pelo médico. Isso faz com que a doença seja descoberta em fases em é mais difícil combatê-la.

O ministro Alexandre Padilha afirmou que a campanha do Outubro Rosa tem contribuído para a conscientização das mulheres da importância da mamografia. Ele alertou para a importância de fazer o exame antes de sentir dor ou ter qualquer outro sintoma do câncer de mama e começar imediatamente o tratamento para a ampliação das chances de salvar a vida da paciente. Padilha acrescentou que o ministério também tem procurado ampliar a oferta de exames e também de novos medicamentos.

"O Ministério da Saúde faz um grande esforço para que estados e municípios aumentem a oferta de mamografia, inclusive adotando a estratégia da mamografia móvel, que são carretas que vão para o interior, para a periferia das grandes cidades, alertando sobre a importância, não só do diagnóstico, mas de começar o tratamento em até 60 dias depois do diagnóstico."

Outubro Rosa – O nome remete à cor do laço que simboliza, mundialmente, a luta contra o câncer de mama e estimula a participação da população, empresas e instituições públicas. O movimento começou na década de 90 nos Estados Unidos, onde vários estados tinham ações isoladas de realização de mamografia e de detecção do câncer de mama no mês de outubro.

Promovido pela Secretaria da Mulher da Câmara, em parceria com a Procuradoria da Mulher do Senado, o Outubro Rosa começou com a abertura da Exposição Recomeço, da Associação de Mulheres Mastectomizadas de Brasília, no Senado. Em seguida, foi realizado o Ato de Iluminação, na rampa de acesso ao Palácio do Congresso Nacional, com o grupo feminino de percussão Batalá.

Texto e Foto: Sizan Luis Esberci

3 comentários:

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  3. Outubro Rosa é movimento mundial de conscientização aos males de uma doença que se arrasta pela história da humanidade como o Mal do Século - do Século XX, o que passou. Mas, pelo visto, continua sendo também do novo século, pois só no Brasil, como afirma a reportagem, "quatro de cada dez mulheres diagnosticadas de câncer de mama no Brasil vão morrer". E no Brasil, a cada ano, 49 mil novos casos são diagnosticados. Um número altíssimo, alarmante. De forma que é urgentemente necessário a campanha se ampliar, provocar repercussão e ressonância mesmo. E é exatamente o que o Governo do Amapá faz este ano, ou seja, abraça e torna a campanha um programa de governo. E para isso deve entregar, em breve, a população um mamógrafo, e durante todo o mês de outubro, vai realizar seminários e palestras chamando a população para se envolver na campanha. A cidade, inclusive, como nos diversos pontos do país, começa a assumir visualmente o Outubro Rosa. Já se vê, por exemplo, desde o dia 1º de outubro, na faixada da Escola de Administração Pública (EAP), o tom de rosa-choque da campanha. Sabemos também que pontos turísticos do Estado devem tingir-se de rosa-choque, nos próximos dias, para dar mais destaque ao Outubro Rosa. Oxalá outras instituições, prédios, sedes e residências acompanhem esses que são os primeiros sinais de que a população amapaense realmente se sensibiliza com os males da doença do século que ameaçam e podem tirar vidas, sobretudo das mulheres do Amapá.

    Aroldo Pedrosa

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