Durante a abertura, o público presente foi recepcionado com declamações de poesias por um grupo de jovens poetas amapaenses, apresentação da cantora Laura Ramos, que conduziu o Hino do Amapá em ritmo de Marabaixo, além de exposição de estátuas vivas em pontos estratégicos do local.
Na ocasião, além das ministrantes Eliane Superte, pós-doutorado em Ciência Política, e da secretária da SEPM, Inailza Barata, participaram do encontro representantes de secretarias do Estado, Nelma Simões (Secretaria de Desenvolvimento Rural), Sara Souza (Secretaria Extraordinária de Políticas para Afrodescendentes), Raimunda Coutinho (Movimento Social), além de Mariluci Nazale (coordenadora de Políticas Públicas para as Mulheres de Calçoene) e a vereadora Neuzinha Velasco.
O objetivo do encontro foi para refletir sobre a conjuntura em que se apresenta a questão da mulher, assim como conhecer o que vem sendo proposto e quais os desafios enquanto políticas públicas para o Estado do Amapá.
Durante o seminário, Eliane Superte falou sobre as políticas públicas para as mulheres no Brasil, um olhar sobre a construção da luta na política feminina. "É bastante comum ouvir falar que políticas públicas são algo do Estado, ele quem faz e pensa. E isso é uma visão que temos que tomar cuidado. O governo não é o sujeito, e sim a sociedade. O Estado precisa do movimento político e a sociedade é o grande agente das políticas públicas", ponderou.
De acordo com Eliane, a política pública distribui custos e benefícios, utiliza recursos coletivos e é gerada a partir do jogo político. "A busca pela cidadania, a luta das mulheres pelos seus direitos, por não aceitar a subordinação, isso se dá no campo político. E esse jogo tem mediadores, que são as instituições, capazes de tornar o curso de certas políticas mais fáceis que outras", acentuou.
A secretária Inailza Barata fez uma breve explanação sobre a Política Pública para a Mulher, pontuando a realidade do Estado, como também a efetivação dessa política.
Para a estudante do curso de Letras, Dalcilene Andrade, esse tipo de seminário direcionado às mulheres é muito importante para toda a classe, desenvolvendo assim novos conhecimentos. "É muito bom esse tipo de informação para nós, mulheres. Pena que nem todas aparecem. As mulheres têm que estar mais unidas, todas por uma causa só, que são nossos direitos, igualdade e espaço no mercado de trabalho", sugeriu.
Dorislene Muniz/Secom
Fotos: Antônio Sena